CRF-SP realiza treinamento sobre o vírus Influenza A e destaca o papel estratégico do farmacêutico

 

Capacitação aconteceu na sede do CRF-SP e foi transmitida on-line para farmacêuticosCapacitação aconteceu na sede do CRF-SP e foi transmitida on-line para farmacêuticos

São Paulo, 26 de junho de 2025. 

O CRF-SP promoveu, na quarta-feira, 25 de junho, uma importante capacitação sobre o vírus Influenza A (H1N1), realizada presencialmente na sede da entidade e transmitida on-line aos farmacêuticos. A Influenza, ou gripe, é uma infecção respiratória viral aguda causada pelos vírus Influenza dos tipos A, B, C e D, sendo os tipos A e B os principais responsáveis por epidemias sazonais em humanos.

O evento reuniu farmacêuticos de diversas áreas e destacou a relevância da atuação do profissional na identificação de sintomas, orientação à população, prevenção e encaminhamento de casos suspeitos da doença.

A programação contou com palestras de três especialistas: a Dra. Adryella Luz, mestre em Infectologia pela Unifesp, coordenadora do Grupo Técnico de Trabalho (GTT) de Cuidado Farmacêutico na Infectologia e conselheira efetiva no CRF-SP; a Dra. Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP, doutora em Ciências da Saúde com ênfase em interações medicamentosas e coordenadora e docente do curso de Farmácia e de Fisioterapia na Universidade Presbiteriana Mackenzie e a Dra. Danyelle Marini, diretora-tesoureira do CRF-SP, mestre em Biologia celular e molecular; especialista em Cosmetologia; em Docência do Ensino Superior; em Cosmética Dermatológica; docente e coordenadora do curso de Farmácia e membro da comissão de ética das Faculdades Integradas Maria Imaculada.

Logo na abertura, a vice-presidente do CRF-SP, Dra. Luciana Canetto, lançou, em primeira mão, o Manual de Orientação ao Farmacêutico H1N1, um material completo e atualizado sobre a Influenza A (H1N1), com foco na atuação do farmacêutico na prevenção, diagnóstico, tratamento e orientação à população.

Dra. Danyelle Marini, diretora-tesoureira; e Dra. Luciana Canetto, vice-presidente do CRF-SPDra. Danyelle Marini, diretora-tesoureira; e Dra. Luciana Canetto, vice-presidente do CRF-SP

O manual traz conteúdos fundamentados em evidências científicas e protocolos oficiais de saúde, abordando desde manifestações clínicas e grupos de risco até a conduta farmacológica e o uso racional de antivirais. Além disso, conta também com uma ficha de atendimento com o passo a passo para auxiliar o farmacêutico na conduta com o paciente.

As ministrantes trouxeram uma abordagem completa sobre os aspectos clínicos, epidemiológicos e preventivos da Influenza A (H1N1), com foco especial no cuidado farmacêutico.

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A palestra da Dra. Adryella Luz trouxe um panorama detalhado sobre a etiologia do vírus, sua evolução desde os primeiros casos da variante H1N1 em humanos com potencial pandêmico que ocorreram no México em 2008, passando pela pandemia de 2009 até os dias atuais, além de destacar os mecanismos de transmissão, prevenção e vacinação. Com dados atualizados, ela mostrou que, só em 2025, até a Semana Epidemiológica 23, o Brasil registrou quase 94 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo o vírus Influenza A um dos principais responsáveis pelos óbitos.

Dra. Adryella chamou a atenção para a transmissibilidade do vírus Influenza A (H1N1) que está diretamente relacionada a sua capacidade de replicação nas vias respiratórias superiores e à eliminação viral em secreções respiratórias, especialmente nas fases iniciais da doença.

Dra. Adryella Luz, conselheira e coordenadora do GTT Cuidado Farmacêutico na Infectologia do CRF-SP durante sua palestra na capacitação Dra. Adryella Luz, conselheira e coordenadora do GTT Cuidado Farmacêutico na Infectologia do CRF-SP durante sua palestra na capacitação

Como o vírus pode permanecer viável em superfícies inanimadas por um período que varia entre duas e oito horas, para interromper a cadeia de transmissão recomenda-se:

  • Vacinação anual: principal medida preventiva, voltada à indução de imunidade específica contra cepas circulantes da influenza.
  • Higiene das mãos: lavagem frequente com água e sabão ou uso de solução alcoólica, fundamental para interromper a transmissão por contato com superfícies contaminadas.
  • Etiqueta respiratória: prática de cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com o antebraço ou lenço descartável, evitando a disseminação de aerossóis virais.
  • Uso de máscaras: indicado em ambientes fechados ou durante surtos, especialmente para indivíduos sintomáticos ou pertencentes a grupos de risco.
  • Isolamento de sintomáticos: afastamento de atividades coletivas por, no mínimo, 24 horas após a remissão da febre, sem uso de antitérmicos.
  • Além dessas medidas, recomenda-se a ventilação adequada de ambientes, a limpeza de superfícies frequentemente tocadas e a redução do contato próximo com pessoas doentes.

Dra. Amouni enfatizou as manifestações clínicas da doença em diferentes faixas etárias, os fatores de risco e as possíveis complicações, como pneumonia, responsável por um grande número de internações e o agravamento de doenças crônicas. Ela também destacou o papel do farmacêutico na triagem e na orientação adequada dos pacientes, com uso de ficha de atendimento padronizada, criada pelo CRF-SP para dar suporte ao farmacêutico.

Outra ênfase foi no reconhecimento dos principais sintomas da gripe em adultos como febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e cefaleia. Em crianças, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o aumento dos linfonodos cervicais, além de quadros de bronquite ou bronquiolite e de sintomas gastrointestinais. Já os idosos, quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.

Dra. Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP, falou sobre o cuidado farmacêutico em H1N1Dra. Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP, falou sobre o cuidado farmacêutico em H1N1

A última ministrante da noite, a Dra. Danyelle Marini, chamou a atenção para conteúdos essenciais sobre diagnóstico e tratamento da doença, reforçando o papel estratégico do farmacêutico no enfrentamento da gripe causada pelo vírus H1N1.

Na primeira parte, dedicada ao diagnóstico, a farmacêutica abordou os principais sinais clínicos da infecção e destacou a importância da anamnese cuidadosa e do conhecimento sobre os critérios clínico-epidemiológicos para a triagem de casos suspeitos, ressaltando que os exames laboratoriais, como o RT-PCR, são fundamentais para confirmação, especialmente em grupos de risco.

Na sequência, ao abordar o tratamento da H1N1, a Dra. Danyelle explicou que o uso de antivirais como o oseltamivir deve ser iniciado o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Ela também se referiu aos cuidados com o uso racional dos medicamentos e a necessidade de atenção farmacêutica para a adesão ao tratamento, além da orientação sobre medidas de prevenção e controle de infecção.

Dra. Danyelle Marini, diretora-tesoureira do CRF-SP destacou os aspectos relacionados ao diagnóstico e tratamento da doença Dra. Danyelle Marini, diretora-tesoureira do CRF-SP destacou os aspectos relacionados ao diagnóstico e tratamento da doença

As apresentações reforçaram que o farmacêutico é peça-chave tanto na identificação de casos suspeitos quanto na orientação segura e eficaz do tratamento, contribuindo para a proteção da saúde pública e a redução da gravidade da doença. Para a Dra. Luciana Canetto, vice-presidente do CRF-SP, a capacitação reforçou o compromisso do CRF-SP com a formação contínua dos profissionais e com a saúde pública. Em tempos de aumento sazonal de doenças respiratórias, estar preparado para orientar e acolher a população faz toda a diferença.

 

Thais Noronha

Departamento de Comunicação CRF-SP

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